segunda-feira, 7 de março de 2011

Parva é que eu não sou


Sou da geração que tem ambição,
não fico pelas palavras e passo à acção.
Parva é que eu não sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
saio do meu cantinho e vou arriscar.
Parva é que eu não sou!
E fico a pensar,
que mundo de possibilidades
com tantas oportunidades que posso aproveitar.
Sou da geração que quer sempre mais,
fui à luta e não fiquei na casinha dos pais.
Parva é que eu não sou!
Filhos, marido, e o mundo para conhecer,
um trabalho de que gosto, onde posso crescer.
Parva é que eu não sou!
E fico a pensar,
que mundo de possibilidades
com tantas oportunidades que posso aproveitar.
Sou da geração que quer uma vida boa,
o mundo é a minha casa, digo adeus a Lisboa.
Parva é que eu não sou!
Sou da geração ‘sinto-me realizada!’
e sei que nada muda se ficar em casa sentada.
Parva é que eu não sou!
E fico a pensar,
que mundo de possibilidades
com tantas oportunidades que posso aproveitar.

Sei que as coisas não estão fáceis no nosso cantinho mas recuso-me a cruzar os braços e ficar à espera que as coisas melhorem. Deixar para trás tudo aquilo que conhecemos e começar tudo de novo num lugar tão diferente é muito difícil mas faz-nos crescer tanto e ver as dificuldades e desafios com outros olhos. 

3 comentários:

Presépio no Canal disse...

Concordo!
Nos tentamos ajudar o pais o mais que podemos, na medida das nossas possibilidades.
Fomos la de ferias, fizemos questao de ir ao Norte, compramos muita coisa la, desde os boxers e as peugas do marido ao calcado para mim, vinhos, etc.
Fiz postes sobre os sitios onde fiquei, os produtos que consumimos, etc
Sentimo-nos bem a deixar la algum dinheiro, quer fosse no alojamento, na comida, etc...
Mas estou muito preocupada com a situacao. Os ultimos dados independentes a que tive acesso deixaram-me muito alarmada.
Espero que cada um, dando o seu melhor, ca ou la, ajude a situacao a melhorar, pelo menos um pouco.
E nos, os emigras, ca vamos ajudando, cada vez que falamos do nosso pais a alguem, de modo a fomentar o turismo por la...
Tudo a correr bem para ti e os teus, Teresa!

Pedro disse...

Eu concordo. O problema é que há muita gente que não consegue sequer mudar por diversas razões.

plim disse...

Parabéns pelo poema! Concordo praticamente com tudo o que nele é referido. Apenas lamento esta parte "o mundo é a minha casa, digo adeus a Lisboa." Será que é isso que nos resta? Deixar para trás o país que investiu na nossa educação/formação? Aqueles que são mais qualificados são obrigados a partir por falta de oportunidades? Por compadrios instalados em empresas públicas e privadas, onde o mérito é palavra desconhecida... É esse o caminho, deixar o país e produzir para a riqueza de outro... É realmente muito triste...